AUTOBIOGRAFIA




Sou Agnaldo Tavares Gomes, nasci no dia do estudante, da televisão, do advogado, do “Pendura”, no ano de 1979, centenário do gênio Albert Einstein, maior físico teórico do século XX, responsável pela teoria da relatividade.
Minha cidade natal fica localizada à sudoeste baiano – Barra do Choça – mirante do qual tenho observado o mundo velho mundo com o meu olhar multicor, meio filosófico...
Jamais dancei um tango argentino, mas como o poeta que quis ir à Pasárgada – Manuel Bandeira – fui asmático, dos primeiros aos dez anos de vida, daí para frente: fuga do hospital, banho de chuva, campeão de corrida de saco... (correndo com uma só perna).
Passei grande parte da minha adolescência no estado de São Paulo. Morando em favelas, convivi com gente de todos os sotaques brasilianos... Sou favela! E quem o é, será sempre. Dos quatorze aos dezenove anos fui “operário em construção” – literalmente – trabalhando para sobreviver, sem tempo para os estudos.
Na pá e no cimento, na massa chapada e nos tijolos sobrepostos eu visionava a poesia, sem saber o que eram versos... Passei a escrever para não morrer a inquieta alma de artista, acorrentada à necessidade do “ganhar o pão de todo dia”.
De retorno à cidade de origem, consequentemente aos estudos, do ponto de onde jamais deveria ter abandonado... Porém, as circunstâncias de uma realidade cruel se faz compreensível. Caderno sob o braço, coragem de recomeçar, determinação e foco nos estudos me impulsionou a ser mais, a galgar novos horizontes através da leitura e da escrita... 
Os anos conseguintes, assim, com um pouco de Cora Carolina fui aprendendo a arar a terra selvagem dos meus sonhos “quebrando pedras e plantando flores” até... beber da água do lago que a princípio parecia um oásis... Era então meu contato com a arte da paleta das cores, comecei ali a viver dela, ensinado em projetos sociais.
Me encantei com as cores, formas e texturas das artes visuais; tive contato com a performance da encenação teatral e me conectei a ela, como se me fosse familiar; aperfeiçoei a arte da escrita bebendo goles de poesias nas páginas dos livros de diversos autores, entre eles, Castro Alves, o poeta mais nobre dos poetas, “poeta dos escravos”... Por fim, lapidei palavras, dei vida a personagens e pintei telas... Me encontrei do perdido e me perdi no que encontrei – na paixão pelas artes!
O encantamento pela arte me levou a estudá-la mais a fundo... Cursei licenciatura em Artes Visuais, pelo Centro Universitário Claretiano, adquirindo habilidades e práticas necessárias para lecionar... Estou atuante na educação desde 2013, em escolas públicas de Barra do Choça e de Vitória da Conquista, ofício que me foi presenteado pelas circunstâncias e que sou grato por isso. Tenho a profissão de professor por uma espécie de “apostolado”.
Os estudos me trouxe de volta o brilho nos olhos, a paciência nos passos e a crença no futuro melhor... Logo já me encontrava premiado na Décima Semana de Arte e Cultura, com dois troféus de primeiro lugar em poesia e literatura de cordel; meus escritos e adaptações para o teatro tomaram formas nas encenações em grupo ou nos monólogos apresentados nas escolas e espaços culturais...
De menino que rabiscava um pequeno caderno que guardava sonhos, tentando encontrar algo... para então se tornar um homem com uma porção de escritos, certo entendimento das artes visuais, no manejo com o pincel e as cores...
O que algum dia em alguma fatia do universo era apenas sonhos, hoje torna-se real: sou escritor, poeta, artista plástico, professor de Arte, pós-graduado em arteterapia, casado e, pai de um pequeno príncipe tão quanto lindo que o principezinho de Saint Exupéry. 
Se me perguntar se estou completo, realizado... direi: “não”, porque a alma de artista é como suas próprias obras: inquietas, insaciáveis, inacabadas.

LIVROS PUBLICADOS:
Pétalas da poesia
Saudades e lembranças
Flores da poesia
Flores na janela
Sonetos
Entre a flor e a náusea
Assuntando estrelas
O pão das minhas manhãs
Jornalinda
Versos de circunstâncias
Pincelando
Poelivros

LIVROS EM CONSTRUÇÃO:
Poetisa
Noites de Romeu e Julieta
A poética do instinto
Vinho, amor e mulher
A teoria do nada